segunda-feira, 20 de junho de 2011

EIS O CORDEIRO DE DEUS ,QUE TIRA O PECADO DO MUNDO.

Milagres Eucaristicos.

Milagre Eucarístico de Lanciano

Nossos sacrários mantêm entre nós a realidade da Encarnação: "O Verbo se fez carne e habitou entre nós..." E habita ainda verdadeiramente presente entre nós, não somente de uma maneira espiritual, mas com seu próprio Corpo. Esta presença real da carne de Cristo (uma carne viva, unida à alma e à divindade do Verbo, pois Jesus está hoje ressuscitado) é admiravelmente manifestada pelo milagre de Lanciano. Um milagre que dura há mais de 12 séculos e que a ciência examinou, e diante dos fatos, teve que se inclinar.

Sim, um milagre, e bem destinado ao nosso tempo de incredulidade. Pois, como diz São Paulo, os milagres são feitos não para aqueles que crêem, mas para os que não crêem. E Deus permitiu para todos os que ainda duvidam da presença Eucarística do Cristo ou que a negam, que um milagre, que dura 12 séculos, fosse nos últimos anos, posto em evidência e verificado pela própria ciência. "Isto é meu corpo! Isto é meu sangue!", disse Cristo (cf. Mt 26,26-28).

Este prodigioso milagre deu-se por volta dos anos 700, na cidade italiana de Lanciano, na igreja do mosteiro de São Legoziano, onde viviam os monges da Ordem Basiliana (de São Basílio).

Entre os monges, havia um que se fazia notar mais por sua cultura mundana do que pelo conhecimento das coisas de Deus. Sua fé parecia vacilante, e ele era perseguido todos os dias pela dúvida de que a hóstia consagrada fosse verdadeiro Corpo de Cristo e o vinho Seu verdadeiro Sangue. Mas a Graça Divina nunca o abandonou, fazendo-o orar continuamente para que esse insidioso espinho saísse do seu coração.

Foi quando, certa manhã, celebrando a Santa Missa, mais do que nunca atormentado pela sua dúvida, após proferir as palavras da Consagração ele viu a hóstia converter-se em Carne viva e o vinho em Sangue vivo. Sentiu-se confuso e dominado pelo temor diante de tão espantoso milagre, permanecendo longo tempo transportado a um êxtase verdadeiramente sobrenatural. Até que, em meio a transbordante alegria, o rosto banhado em lágrimas, voltou-se para as pessoas presentes e disse: "Ó bem-aventuradas testemunhas diante de quem, para confundir a minha incredulidade, o Santo Deus quis desvendar-se neste Santíssimo Sacramento e tornar-se visível aos vossos olhos. Vinde, irmãos, e admirai o nosso Deus que se aproximou de nós. Eis aqui a Carne e o Sangue do nosso Cristo muito amado!"

A estas palavras os fiéis se precipitaram para o altar e começaram também a chorar e a pedir misericórdia. Logo a notícia se espalhou por toda a pequena cidade, transformando o monge num novo Tomé.

A Hóstia-Carne apresentava, como ainda hoje se pode observar, uma coloração ligeiramente escura, tornado-se rósea se iluminada pelo lado oposto, e tinha uma aparência fibrosa; o Sangue era de cor terrosa (entre amarelo e o ocre), coagulado em cinco fragmentos de formas e tamanhos diferentes.

Serenada a emoção de que todo o povo foi tomado, e dadas aos Céus as graças devidas, as relíquias foram agasalhadas num tabernáculo de marfim, construído a mando das pessoas mais credenciadas do lugarejo.

A partir de 1713, até hoje, a Carne passou a ser conservada numa custódia de prata, e o Sangue, num cálice de cristal.

Os Frades Menores Conventuais guardam o Milagre desde 1252, por vontade de Landulfo, bispo da vila de Chieti. Os monges da Ordem de São Basílio guardaram o Milagre até 1176 e os Beneditinos até 1252.

Em 1258 os Franciscanos construíram o santuário atual, que foi transformado em 1700 de romântico-gótico em barroco. Desde 1902 as relíquias estão custodiadas no segundo tabernáculo do altar monumental, erigido pelo povo de Lanciano no centro do presbitério.

O Milagre e a Ciência

Aos reconhecimentos eclesiásticos do Milagre, a partir de 1574, veio juntar-se o pronunciamento da Ciência moderna através de minuciosas e rigorosas provas de laboratório.

Foi em 18 de novembro de 1970 que os Frades Menores Conventuais decidiram, devidamente autorizados, confiar a dois médicos de renome profissional e idoneidade moral a análise científica das relíquias. Para tanto, convidaram o Dr. Odoardo Linoli, Chefe de Serviço dos Hospitais Reunidos de Arezzo e livre docente de Anatomia e Histologia Patológica e de Química e Microscopia Clínica, para, assessorado pelo Prof. Ruggero Bertelli, Prof. emérito de Anatomia Humana Normal na Universidade de Siena, proceder aos exames.

Após alguns meses de trabalho, exatamente a 4 de março de 1971, os pesquisadores publicaram um relatório contendo o resultado das análises:

- A Carne é verdadeira carne.

- O Sangue é verdadeiro sangue.

- A Carne é do tecido muscular do coração (contém, em seção, o miocárdio, endocárdio, o nervo vago e, no considerável espessor do miocárdio, o ventrículo cardíaco esquerdo).

- A Carne e o Sangue são do mesmo tipo sangüíneo (AB) e pertencem à espécie humana.

- No Sangue foram encontrados, além das proteínas normais, os seguintes minerais: cloreto, fósforo, magnésio, potássio, sódio e cálcio. As proteínas observadas no Sangue encontram-se normalmente fracionadas em percentagem a respeito da situação seroproteínica do sangue vivo normal. Ou, seja, é sangue de uma pessoa VIVA.

A conservação da Carne e do Sangue, deixados em estado natural por doze séculos e expostos à ação de agentes físicos, atmosféricos e biológicos constitui um fenômeno extraordinário.

E antes mesmo de redigirem o documento sobre o resultado das pesquisas, realizadas em Arezzo, os doutores Linoli e Bertelli enviaram aos Frades um telegrama nos seguintes termos:

"E o Verbo se fez Carne!"

E o impressionante é que é a Carne do Coração. Não a carne de qualquer parte do Corpo adorável de Jesus, mas a do músculo que propulsiona o Sangue – e portanto a vida – ao corpo inteiro; do músculo que é também o símbolo mais manifesto e o mais eloqüente do amor do Salvador por nós.

A Eucaristia é, na verdade, o dom por excelência do Coração de Jesus. "Meu Coração é tão apaixonado de amor pelos homens", disse um dia o Cristo em Parayle-Monial, revelando seu Sagrado Coração a Santa Margarida Maria. Uma paixão que o conduziu à cruz, que torna hoje presente sobre nossos altares, em nossos sacrários e até em nossos corações.

Em todo o caso, guardemos isto: na Eucaristia eu recebo o Cristo todo inteiro. É verdadeiramente que se dá e que eu como.

Tanto na hóstia como no vinho, está Jesus Cristo vivo e inteiro (corpo, sangue, alma e divindade). A comunhão eucarística existe nas duas espécies, na espécie do pão e na espécie do vinho, só que o vinho não é somente o sangue de Jesus, mas sim o próprio Jesus. E da mesma forma a hóstia não é somente carne, mas sim o próprio Jesus. O que aconteceu em Lanciano, acontece em todas as igrejas do mundo e em qualquer missa, a única diferença é que lá em Lanciano além de transubstanciar a substância (pão e vinho), transubstanciou-se também a aparência.

"Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia" (Jo 6,54).

Milagres Eucaristicos.

Santo Antonio de Pádua
O Milagre da Mula

Santo Antônio pregava sobre o Santíssimo Sacramento em Toulouse, sul da França, ano 1227. No meio da pregação um senhor se levantou e o desafiou, contradizendo que a presença de Cristo na Hóstia Consagrada era uma mentira.

Ele disse: - O Senhor pode discursar durante horas, mas a verdade é que os fatos reais estão contra seus argumentos. É impossível que Cristo esteja presente na Hóstia Consagrada.

Santo Antônio lhe respondeu: - Que problema há no corpo de Cristo estar velado pelas aparências do pão e do Vinho. Conforme suas próprias palavras.

E senhor incrédulo o desafia: - Não, não há problema. Contudo se Cristo está presente nesta Hóstia, sua presença deveria ser sentida por todas as criaturas viventes. Então pegarei minha mula, e na próxima missa estaremos aqui diante da Hóstia e se a mula a respeitar, acreditarei no senhor e na sua fé. Santo Antônio, após ouvir uma inspiração divina, resolve concordar com o desafio.

Passou-se três dias, e uma multidão se aglomerou na praça, muitos pela missa e outros tantos para conferir o resultado do desafio do homem infiel. Enquanto Santo Antônio caminhava com o Santíssimo Sacramento e todos os católicos se colocavam de joelhos rezando. O senhor infiel chega conduzindo sua mula, a qual maliciosamente foi privada de alimento durante os últimos dias. Faminto, o animal estava tão violento que nem o próprio dono obedecia. Contudo, ao se aproximar do Santíssimo, a mula se acalmou, e diante de todos ali presentes, milagrosamente a mula se ajoelhou perante a Hóstia Consagrada ostentada por Santo Antônio.

O Milagre gerou gritos e admiração por todos, os católicos entoaram cânticos emocionados. Muitos hereges que ali estavam por curiosidade se converteram ao catolicismo, assim como o senhor dono da mula que reconheceu imediatamente a presença de Cristo, se ajoelhou também se convertendo ao catolicismo após ter pedido perdão por ter sido tão incrédulo.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

PADRE FÁBIO DE MELO

A diferença entre amar e estar apegado


Tomar consciência de quem se é, é um processo de maturidade



Na Carta de São Paulo aos Gálatas, capítulo 4, versículos 1 a 20, é apresentado o princípio fundamental de tudo aquilo que Jesus anunciou no Seu tempo. Para ser de Deus é preciso ser livre, é preciso estar livre de todas as amarras que nos aprisionam. São Paulo percebeu que os gálatas, em vez de caminharem no processo de liberdade, estavam voltando às amarras das idolatrias do passado. Eles tinham a ideia equivocada de que o cumprimento da lei era o mais importante para a salvação, no entanto, o Senhor nos diz que a lei pode nos escravizar. A primeira cura que Jesus proporcionava não era física, mas mental, pois é nossa mentalidade que precisa ser transformada primeiro.

Jesus foi tomando consciência de quem Ele era e é bonito perceber que todas as pessoas que estavam ao redor d'Ele O foram ajudando a reconhecer quem Ele era.
Tomar consciência de quem se é, é um processo de maturidade. A psicologia humana, por exemplo, nos ensinava que uma criança só poderia ir à escola a partir dos 7 anos, pois somente nesse estágio de maturidade cerebral é que ela poderia aprender. Por isso não adianta falarmos com criança do mesmo jeito que falamos com adultos, pois elas não compreendem nossa conversa [como eles].
Muitas vezes, na evangelização, nós precisamos usar desses métodos para que todos compreendam. É como um médico que vai dizer um diagnóstico ao paciente e tem que usar de linguagem simples, pois senão a pessoa não entende. Da mesma forma, nós evangelizadores temos que nos fazer entender para que possamos entrar no universo do outro. Muitas vezes, nós estamos surdos e não compreendemos o que Deus nos fala porque falta abrir nossa mentalidade para Ele.
Há muito tempo, eu vivi um processo de dependência afetiva e aquilo me fazia mal, pois por causa da pessoa de quem eu tinha essa dependência, eu era menos eu. Um padre rezou por mim e disse sentir que havia uma pessoa que fazia muito mal para mim e me pediu que eu apenas rezasse por ela e não ficasse próximo dela. Muitas vezes, nós dizemos que esta ou aquela pessoa precisa de nós e, na verdade, somos nós que precisamos dela.
Ser gente dá trabalho, ser gente significa você estar comprometido com seu processo humano e com o processo de quem está ao seu redor e se você for gente você será um problema a menos na vida dos outros. Quantas vezes na vida uma família vira um inferno porque alguém lá dentro decidiu ser um molambo e não faz esforço nenhum para ser gente, nem aproveita a liberdade. Quantas vezes nós sofremos demais por situações que não são nossas.
Nós não podemos viver uma pobreza espiritual a vida inteira, sem ter alguém com quem contar, porque o outro resolveu ser um molambo.
O processo da imaturidade pode se estender pela vida inteira, quando eu olho para o mundo e me vejo como um coitado, isso não é maturidade, é um infantilismo que não nos leva a nada. A criança, por exemplo, passa por um processo egoístico e se nós não ensinarmos que ela tem de dividir o que tem, ela não aprenderá; se não dermos as regras à medida que ela consegue compreender, estaremos criando um monstro em casa. Se não as ensinarmos como lidar com a vida, a vida será duas vezes pior para elas e para nós também. O casal que educa o filho a partir dos ensinamentos divinos, vai dar ao mundo uma pessoa mais preparada.
Há uma grande diferença entre amar e estar apegado: o amor nos dá aquele sentimento de liberdade, enquanto que o apego nos aprisiona e pensamos que as pessoas devem agir da forma que queremos. O amor é livre! Quando estou apegado a alguém ou a alguma realidade, eu faço do outro meu escravo.

Se eu uso minha presença e minha autoridade para pôr medo no outro, eu não vivo em liberdade. Há momentos em que precisamos reconhecer que não estamos sendo livres; e se não estamos sendo livres não fazemos os outros livres também. Por essa razão, precisamos ter a consciência de que forma escravizamos o outro e de que forma somos escravizados para que possamos caminhar no processo de amadurecimento de nossas vidas.
Eu tenho certeza de que você precisa romper com os apegos, pois apegado ninguém vai a lugar nenhum; para ter liberdade você precisa se livrar dos apegos interiores. Quantos casais vivem essa realidade [apego] e não têm coragem de olhar nos olhos um do outro e acertar os pontos para que sejam livres e vivam bem seu relacionamento. Entregue nas mãos do Senhor todas as situações e coisas que o aprisionam!

Artigo produzido a partir da pregação de Set/2009
Foto Padre Fábio de Melo